quarta-feira, 22 de janeiro de 2014


Encontro de Agentes Sociopastorais das Migrações


C O N C L U S Õ E S

“Aventuras e desencantos na emigração” foi o tema do XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações, que decorreu na Casa Diocesana de Albergaria-a-Velha e na Sé de Aveiro nos dias 17, 18, 19 de janeiro de 2014.
75 participantes, oriundos de 14 dioceses de Portugal (Cáritas Diocesanas e Paroquiais e Secretariados Diocesanos da Mobilidade Humana) e uma dezena de organizações católicas, participaram nos trabalhos que contaram com contributos das Missões Católicas de Língua Portuguesa da Suíça e Luxemburgo.
D. António Francisco dos Santos, bispo de Aveiro, diocese marcada pela emigração, acolheu a realização desta iniciativa que contou também com a presença de D. António Vitalino, bispo de Beja e membro da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
Este encontro procura dar visibilidade à Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado, que este ano assinala a centésima edição. “Migrantes e Refugiados: rumo a um mundo melhor” é o tema da mensagem do papa Francisco para este dia.
Histórias da emigração narradas na primeira pessoa e estudos apresentados fornecem os seguintes indicadores:
- Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, entre 2010 e 2011 a emigração aumentou 85% em Portugal, ano em que saíram 44 mil pessoas; em 2012, esse número subiu para 121.418, sobretudo jovens com menos de 30 anos;
- Segundo a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, 4.795.273 é o total estimado de portugueses residentes no estrangeiro;
- As migrações não são um fenómeno periférico às sociedades, mas estrutural e estruturante, transformando-as em eminentemente multiculturais e inter-religiosas;
- A saída de quadros qualificados não acontece apenas em setores profissionais, mas também na Igreja, provocando o risco de alguma “desertificação pastoral”;
- A atual visão política da emigração focaliza apenas um setor, o economicista e de elite, acentuando o que as comunidades portuguesas podem dar ao país e provocando o esquecimento de outras tipologias e perfis diferenciados;
- Campanhas de informação preventiva em ordem a uma emigração segura não têm impedido a ocorrência de situações de exploração de mão-de-obra, tanto no recrutamento como no decurso da prestação laboral, como o comprovaram os testemunhos apresentados;
- Na Igreja, o migrante passou de objeto de assistência pastoral a sujeito de pleno direito, com responsabilidades e protagonismo na evangelização, realizando a catolicidade da mensagem do Evangelho.
Motivados pelos desafios que se colocam à Igreja e à sociedade pelas novas mobilidades, os agentes sociopastorais das migrações comprometem-se a:
- Conhecer melhor a dimensão da emigração portuguesa, quase ausente das agendas política e eclesial nas duas últimas décadas;
- Analisar novas tendências, perfis e percursos migratórios, com vista a respostas inovadoras fruto de parcerias institucionais que envolvam a Igreja, academias e observatórios;
- Desenvolver campanhas de informação adequadas e acessíveis à diversidade de destinatários que hoje recorre à emigração;
- Retomar a importância das migrações em toda a pastoral da Igreja, adequando as estruturas e os planos aos novos fluxos migratórios, dando particular atenção ao diálogo inter-religioso e à pastoral intercomunitária;
- Alargar as boas práticas de acolhimento e integração eclesial dos migrantes, já ensaiadas em algumas paróquias, a todos os setores da pastoral da Igreja;
- Criar nas comunidades equipas de acolhimento e de informação e Grupos de Interajuda Social (GIAS) para quem parte, chega ou regressa;
- Gerar sinergias entre paróquias, missões católicas, associações, rede consular, sindicatos, municípios e órgãos comunicação social que permitam denunciar casos de exploração laboral, tráfico de pessoas e precariedade social ou familiar, procurando respostas adequadas e completas aos cidadãos em mobilidade;
- Pensar a emigração não dissociada de uma política de desenvolvimento económico sustentável e integral, responsabilizando assim todos os cidadãos pelo processo migratório;
- Repensar a emigração de forma positiva, apresentando-a numa dimensão politicamente transnacional e eclesialmente intercomunitária.
Na última conferência do XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações, aberta a toda a sociedade aveirense na catedral diocesana, D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa analisou o tema da mensagem do Papa, apresentando uma visão personalista das migrações onde os emigrantes, mais do que números, são pessoas. Esta visão qualitativa desafia a Igreja para uma cultura do encontro e da valorização de relacionamentos positivos entre os vários intervenientes no acolhimento, respeito e participação “rumo um mundo melhor”.
Na eucaristia dominical, presidida por D. Manuel Clemente na Sé de Aveiro, os agentes sociopastorais das migrações e a comunidade local celebraram a 100ª Jornada Mundial do Migrante e Refugiado.
O XV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações foi anunciado para os dias 16, 17 e 18 de janeiro de 2015, a realizar na diocese de Setúbal.

Aveiro, 19 de janeiro de 2014

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014


17, 18, 19 de janeiro de 2014 - Aveiro

XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações




D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, analisa a mensagem do Papa para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado na conferência que encerra o XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações (Albergaria-a-Velha nos dias 17, 18, 19 de janeiro de 2014). 
A conferência do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, sobre o tema “Migrantes e Refugiados: Rumo a um Mundo Melhor”, terá transmissão em direto no canal de TV online da Diocese de Aveiro. 
No domingo, a comunicação de D. Manuel Clemente, às 10h00, e a missa que encerra o encontro de que assinala o Dia Mundial do Migrante e Refugiado, na Sé de Aveiro, podem ser acompanhadas em http://www.livestream.com/dioceseaveirotv.
O XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações vai debater as causas e consequências do crescente número da emigração portuguesa. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, entre 2010 e 2011 a emigração aumentou  85% em Portugal, ano em que saíram de Portugal 44 mil pessoas. Em 2012, esse número subiu para 121.418, sobretudo jovens com menos de 30 anos. 
Infelizmente, muitos destes concidadãos partiram sem a segurança de um posto de trabalho e a garantia de um ambiente de acolhimento. Cresce, por isso, o número de portugueses na diáspora que vivem sem dignidade. 
No Encontro de Agentes Sociopastorais das Migrações, os dados sociológicos e estatísticos serão apresentados por académicos que os estudam, nomeadamente a  professora doutora Ana Paula Beja-Horta e o professor João Peixoto, para deixar pistas  de atuação junto de quem dá atenção às problemáticas das pessoas migrantes. 
O Bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos fará a conferência de abertura deste encontro (dia 17, às 21h30), abordando a importância das migrações para a pastoral da Igreja Católica. 
O XIV Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações assinala em Portugal o Dia Mundial do Migrante e Refugiado, que a Igreja Católica comemora no domingo dia 19 de janeiro, e é organizado em parceria pela Obra Católica Portuguesa de Migrações, Cáritas Portuguesa e Agência Ecclesia. 

Mais informações: aqui



segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Quase 30% dos portugueses jovens entre os 18 e as 24 anos pensam emigrar em 2014

Miguel Videira
13 Jan, 2014, 16:14 / atualizado em 13 Jan, 2014, 16:23


É um dos resultados da sondagem da Universidade Católica para a Antena 1 e a RTP.

Sobre o tema da emigração, a sondagem revela que, incluindo todas as ideias, a larga maioria dos inquiridos confessa que se tivesse oportunidade sairia do país.

Mais informações: aqui


17h45 - Debate em directo nos estúdios da Antena 1, com:

Fernando Castro, Presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas - APFN

Jorge Silvério,  Doutorado em Psicologia do Desporto e formação na área das Desordens da Ansiedade e do Humor

Maria Beatriz Rocha-Trindade, Socióloga - especialista em Migrações

Ouvir emissão:


Ficha técnica:
Esta sondagem foi realizada pelo Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP) para a Antena 1 e RTP entre os dias 13 e 23 de dezembro de 2013. O Universo alvo é composto pelos indivíduos com 18 ou mais anos recenseados eleitoralmente residentes em Portugal Continental em lares com telefones fixos. Foram obtidos 942 inquéritos válidos, sendo que 60% dos inquiridos eram do sexo feminino, 35% da região Norte, 20% do Centro, 27% de Lisboa, 9% do Alentejo e 9% do Algarve. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição de eleitores residentes no Continente por sexo, escalões etários e região na base dos dados do recenseamento eleitoral e do Censos 2011. A taxa de resposta foi de 39%*. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 942 inquiridos é de 3,2%, com um nível de confiança de 95%.

domingo, 12 de janeiro de 2014

12 de Janeiro de 2014
Homenagem a João Alves das Neves
Apresentação do nº 26 da Revista Cultural da Beira Serra - ARGANILIA




Quando se relembrarem 2 anos após o desaparecimento físico do Professor João Alves das Neves, a aldeia do Pisão (Coja) assistirá ao lançamento daquela que será a sua obra mais emblemática: a Revista Cultural da Beira Serra - ARGANILIA.

No dia 12 de Janeiro de 2014 e pelas 15 horas será feita a memória de João Alves das Neves com uma romagem ao cemitério de Coja, seguindo-se meia hora mais tarde e na extinta escola primária do Pisão a apresentação do nº26 da revista ARGANILIA, agora dirigida por Nuno Mata.

Depois de tantos números em que João Alves das Neves homenageou e enalteceu figuras da região, o vice-director da revista e a família do homenageado decidiram dedicar-lhe esta edição que conta com depoimentos de Portugal e do Brasil, para além de artigos acerca de temáticas tão apreciadas pelo fundador da revista e por todos quantos a seguem há 22 anos.

Os textos de Alexandre Cerejeira, António Lambertini, António Lopes Machado, Beatriz Alcântara, Carlos Francisco Moura, Dalila Teles Veras, Francisco Seixas da Costa, Idalina da Conceição Gomes, Isabel Murteira França, Ives Gandra da Silva Martins, José C. da Silva, José Dias Coimbra, Lina Alves Madeira, Maria Beatriz Rocha-Trindade, Nuno Mata, Paulo Veiga, Raul Francisco Moura, Regina Anacleto, Rui Fernão Mota e Costa, Teresa Rita Lopes e Tereza Cristina Vitali enriquecem as 198 páginas deste número, onde consta uma interessante fotobiografia do autor e outras curiosidades.

João Alves das Neves dedicou quase toda a sua vida à cultura, nomeadamente à lusofonia, com particular destaque para as relações Luso-Brasileiras, a cultura e identidade da Beira Serra e o estudo de Fernando Pessoa. Foi colaborador de diversas publicações, inscrevendo o seu nome em dezenas de títulos, professor universitário e redator no prestigiado jornal Estado de S. Paulo, para além de outras valências em outros tantos desempenhos.

Será, julgamos, um precioso momento de recordação de um dos grandes vultos intelectuais da Beira Serra, mas também o cimentar do projecto ARGANILIA que teima em permanecer vivo.

O evento conta com a colaboração da Comissão de Melhoramentos e Beneficência do Pisão que quis associar-se a tão sentida data.



Mais informações: aqui